sábado, 28 de julho de 2018

O caminho para onde devo ir


Um dia você acorda
E se depara com um movimento tranquilo, que abraça sua alma
Você consegue sentir sabor na água que bebe
Sua visão se adapta com a estação mais harmônica do ano
Fazendo uma previsão breve de longos e longos dias de solidão
Ao som de uma flauta, segurada por dedos finos, macios como de algodão.

Eu tento me distrair, para melhor deixar fluir
O sentimento que escondo tão desesperadamente.
Por medo, medo de deixar cair em mãos indecentes
Se o coração falar mais alto vou deixá-lo voar
Se chorar, pode significar duas coisas
Que sentirá saudades, e que, tem medo de nunca mais voltar.

Quanto mais adiar mais difícil ficará
Com o destino não se brinca, por isso o medo de errar
Será que quando caímos nos levantamos ainda mais fortes?
Ou é apenas o que dizem para ajudar a melhorar o corte?
As aventuras não valeram apena se você estiver inseguro de ir
Se na volta tudo estiver igual, você verá diferença só por ter voltado a sorrir.

Quando sua mente está tranquila sua alma respira
Depois de tantos sufoco você simplesmente medita
É como ficar um minuto prendendo a respiração
No que você poderia pensar nesse minuto?
Coisas absurdas cercam nossa mente, como em um livro
Enquanto uns chamam pela próxima página, outros desejam nunca terminar.

Pelo visto terá um preço a pagar
Assim como sementes de girassóis caídos no campo
Tenho a esperança que me grudarei ao solo, deixando de vez o antigo branco.
Levando a vida que sempre desejei, depois de tantas quedas não desanimei
Estava errado, isso me deixou mais forte e por isso não falhei
Não posso parar aqui, porque é apenas a metade do caminho para onde devo ir.

Jobson R. Oliveira

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